Além da sua subsidiária LiveWire, a própria Harley-Davidson também registrou um declínio significativo nos números no primeiro trimestre. Em comparação com 2024, a empresa gerou US$ 400 milhões a menos de receita, um declínio de 27%.
Os maiores declínios ocorreram na região da Ásia-Pacífico com -28%, e também no crucial mercado interno (-24%). Na EMEA (Europa, Oriente Médio e África), declínio pequeno de 2% e na sempre amigável América do Sul as vendas caíram 6%. Na Europa, a quota de mercado caiu de 5% (2024) para 2%.
A própria Harley indica que esperava essa redução, concentrando-se principalmente na economia de custos. Por exemplo, os estoques dos revendedores diminuíram e a H-D afirma estar fazendo com que suas fábricas funcionem de forma mais eficiente.
A Harley-Davidson Serviços Financeiros, a divisão de financiamento, que oferece opções como compra a crédito por meio da concessionária também encerrou o primeiro trimestre no vermelho, embora com apenas -2% (menos US$ 4,5 milhões) no faturamento.
Já o “Resultado Operacional” apresentou um aumento de 19% (US$ 11,3 milhões). De acordo com a Harley-Davidson, esse lucro foi obtido principalmente por meio de comissões mais baixas e custos operacionais mais baixos. Um resultado da operação mais eficiente mencionada antes.
Mesmo assim, 19.100 motocicletas a menos foram enviadas para concessionárias no mundo todo do que no já difícil primeiro trimestre de 2024. De acordo com a empresa, isso se deve principalmente às reduções de estoque das concessionárias.
No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, ainda havia 57.700 motocicletas nos showrooms das concessionárias em todo o mundo, em comparação com 38.600 no final de março desse ano. O que sugere uma comercialização mais eficiente esse ano.
Os números atuais também já começam a refletir as tarifas de importação que o presidente dos EUA Donald Trump impôs ao mundo, já prontamente retaliadas. A Harley-Davidson diz que suas motocicletas ficaram 145% mais caras na China, 25% no México e Canadá, e até 31% na UE.
No “resto do mundo”, como eles chamam, as tarifas de importação variam de 10% a 25%. A Harley prevê ter que cobrar entre US$ 140 e US$ 200 milhões em tarifas. Enquanto isso, no quartel-general da marca no Winsconsin, Há uma verdadeira batalha acontecendo para escolher o sucessor do CEO Jochen Zeitz.